Loja chinesa no centro de Braga

Li hoje no Diário do Minho que há negociações para a venda do edifício onde funcionou O Nosso Café a um empresário chinês para instalação de uma loja de produtos chineses. Na mesma notícia, que não consigo localizar na edição online, apercebi-me do número e dimensão de lojas de produtos chineses que têm aparecido na cidade e à sua volta e fiquei impressionado.

O edifício em causa é em estilo arte nova e foi edificado para servir de garagem de reparação de automóveis, como se pode ler no site do Atellier Hannover 2000. A partir de 1950 sofreu grandes transformações interiores, para ser adaptado a café, e foi assim que eu o conheci quando me fixei em Braga. Mais tarde acolheu uma pizzaria e mudou de nome para Jolima; presentemente está fechado.

Embora não me pareça que a instalação de uma loja chinesa neste edifício seja um crime de lesa património, gostaria que ele tivesse melhor sorte.

3 comentários

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3 responses to “Loja chinesa no centro de Braga

  1. joao

    A China tem muito para oferecer. Por isso acho que ira depender de que tipo de loja chinesa estamos a falar. Mesmo que seja uma loja chinesa comum, parece-me preferivel a um KFC ou um Macdonalds.
    Ja isso de proteger os productos Europeus me parece uma afirmacao oca ja que grande parte dos productos Europeus e made in China.
    (as minhas desculpas por nao ter acentos no computador)

    • fred

      gostaria só de perceber por que razão prefere uma loja chinesa a um KFC ou Mcd ?

      Ja esteve no Porto, na Av. dos Aliados onde actualmente se encontra o McDonald’s Imperial no lugar do antigo Café Imperial? O que pensa desse trabalho? Acha mesmo que ficaria melhor uma loja de chineses que não tem qualquer respeito pelas sociedades e culturas onde se inserem?

  2. Bracarensis

    A economia de mercado tem destas ironias: Na china, que só recentemente aderiu a este modo de funcionamento económico, estes fenómenos de “apropriação” do património arquitectónico local, decerto não teria sido visto com bons olhos; aqui, que já temos economia de mercado há mais tempo, permite-se – com um negligente assobiar para o lado e a troco de divisas que entram, que (sob o chapéu largo e amplo da “livre concorrência”) o património arquitectónico mais relevante vá sendo “tomado de assalto” por um tipo de comércio que apenas consegue prosperar graças à débil economia que temos e aos baixos rendimentos auferidos por quem, por mais que queira protejer o comércio tradicional e os productos portugueses ou europeus, se vê obrigado a recorrer a estes produtos para conseguir maior abrangência com o seu parco salário.
    “Antes quero a gerra, do que a triste paz que nos dão!”

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