“Westport Chair”

Então o ácer foi abatido em Outubro de 2014 e havia que encontrar alguma forma de perpetuar a sua existência; lembrei-me de fazer uma cadeira Westport, porque conhecia uma há muitos anos, era fora do vulgar e bastante confortável.
Naturalmente, eu não sabia o nome da cadeira e descobrir como se chamava e encontrar planos de construção, na internet, obviamente, obrigou a uma pesquisa complicada. É claro que pesquisando “Westport chair” chega-se lá ràpidamente, mas não sabendo o nome é outra história.

Tendo decidido qual seria o destino a dar à árvore, ou parte dela, mandei serrar os troncos em tábuas e coloquei-as a secar até ao verão de 2015. Então pus-me ao trabalho e, numa semana, construí a obra da figura, que foi depois acabada com uma velatura incolor, ou quase. O lugar dela, agora, é junto à porta da casa, no interior, para acolher quem chega cansado da viagem ou apenas para decorar o local.

Mesa do X

Cá em casa existe há décadas uma mesa tosca, chamada mesa do X em razão da configuração das pernas. Embora cheia de bicho, esta mesa tem  associado um valor sentimental que não permitiu, até agora, desfazê-la para lenha; chegou então altura de fazer uma mesa nova.

Usando apenas madeira reciclada de prateleiras e armários antigos, este fim de semana aceitei o desafio de fazer uma mesa do X, capaz de mandar para a reforma a velhinha, que já mal se tem nas pernas.

Ela aí está, firme e orgulhosa da sua juventude, pronta a cativar os donos.

Triciclo de pé no chão

O brinquedo é para o neto, claro! Foi quase todo feito com materiais que havia lá por casa, mas as rodas foram compradas. Quando disse ao dono da loja que queria umas rodas para um carrito que estava a fazer para o neto, ele reagiu com “Pois, se fosse para o filho não o fazia!” Como foi feito só aos fins de semana demorou um pouco a acabar, porque foi necessário esperar que uma demão de tinta secasse antes de dar a seguinte.

Máquina a vapor / ar comprimido

Já o disse aqui, a pequena oficina que tenho na garagem permite-me passar horas distraído, muitas vezes a fazer coisas sem qualquer utilidade, como é o caso desta pequena máquina a vapor, que nã é mais do que um brinquedo. De facto, para ser uma verdadeira máquina a vapor precisaria de uma caldeira, que eu ainda não fiz, por isso o teste foi feito com ar comprimido. Os planos da máquina estão disponíveis na internet aqui:

Torneiro mecânico amador

Um torno mecânico é uma ferramenta que me causa um fascínio especial, pelo facto de com ela se poderem fabricar peças complexas a partir de materiais em bruto, quantas vezes materias obtidos na sucata ou retirados de aparelhos que deixaram de funcionar. Durante o tempo em que estudei em Inglaterra havia na universidade uma oficina de serralharia inteiramente para uso dos estudantes, onde eu me entretinha, de vez em quando, a fabricar algumas peças, havendo as que sobreviveram até hoje continuando a ter préstimo.

Mini torno

Tive muita pena de perder ao acesso a uma oficina quando regressei a Portugal, mas tive a sorte de ser adquirido pelo meu departamento um torno pequeno, no qual pude continuar a fazer uma pecita de vez em quando. Há já vários anos, no entanto, que perdi o acesso a esse torno e que as várias obrigações profissionais não me deixavam tempo para este tipo de ocupação. Presentemente tenho tempo e voltei a sentir vontade de me colocar em frente do torno, para ver surgir peças a partir do material em bruto; fiz duas coisas: comprei um mini torno, para colocar na garagem, e pedi autorização à Reitoria da Universidade para usar as máquinas da oficina de serralharia. O mini torno chegou no domingo passado e hoje estive na oficina da Universidade a tornear uma peça a partir de sucata; não digo ainda aquilo que estou a fazer mas fica prometido para quando o projecto estiver acabado.