Raramente tenho lido artigos sobre o futuros dos carros eléctricos que sejam ponderados, abordando não só aspectos tecnológicos como mitos. Por exemplo, o mito do carro não poluente é um dos mais frequentemente associados aos carros eléctricos; também o mito de que os carros eléctricos resolvem o problema da escassez de petróleo. Acontece que muitas destas questões são bastante técnicas e difíceis de explicar ao público em geral; é por isso que recomendo a leitura da peça assinada por Lurdes Ferreira no Público; é um texto extenso mas equilibrado e que aborda as principais questões levantadas pela introdução de carros eléctricos.
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Redes inteligentes e carros eléctricos
Hoje em dia está quase estabelecido que a viabilidade dos carros eléctricos exige uma alteração profunda das redes de distribuição de energia eléctrica, que permita que cada cliente seja simultaneamente consumidor e fornecedor. A questão resulta do facto de cada carro dispor de uma bateria que pode ser usada para fornecer energia à rede quando o carro está imobilizado; uma gestão eficaz desta capacidade de armazenamento permite menores sobrecargas nas centrais em alturas de picos de consumo, bem como o armazenamento de energia produzida por fontes renováveis, como o vento ou as marés.
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Carros eléctricos podem não ser ecológicos
Um carro 100% eléctrico não tem emissão de gases e, por isso, os fabricantes vêm proclamando que são carros totalmente ecológicos. Há materiais usados no fabrico de um carro eléctrico que não se usam nos carros com motor de combustão, nomeadamente no fabrico das baterias; quer o fabrico quer o eventual desmantelamento poderão, por isso, gerar mais poluição naqueles do que nestes.
Deixando de lado essa análise, a utilização de um carro eléctrico poderá induzir um aumento de emissões se a electricidade for gerada em centrais com emissões; o carro não produz emissões directas mas aumenta as emissões produzidas nas centrais. A somar a isto, a legislação actual permite que os fabricantes de carros eléctricos tenham créditos de CO2 para o fabrico de carros convencionais, pelo que, também por esta via, os carros eléctricos poderão não ser tão benéficos como se poderia pensar.
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Os mais e os menos fiáveis
No último número da revista Proteste aparecem os resultados de um inquérito com 22800 respostas, sobre a fiabilidade dos carros dos leitores. No inquérito perguntava-se quantas vezes o carro ficou imobilizado por avaria, qual o tipo de avarias, custos de manutenção, entre outras coisas. Finalmente perguntava-se se o proprietário de um modelo recomendava esse modelo aos amigos. Usando dados retirados do siite da DECO, os 10 modelos mais bem classificados em termos de fiabilidade foram
Posição | Automóvel | Fiabilidade (até 100 pontos) |
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1 | TOYOTA Yaris 1000 (4/2003 -> 11/2005) | 97,1 | |
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2 | HONDA Accord 2200 D (1/2003 -> 2/2006) | 96,4 | |
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3 | TOYOTA Yaris 1000 (2/1999 -> 3/2003) | 94,1 | |
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4 | TOYOTA Corolla 1400 (1/2002 -> 8/2004) | 94,1 | |
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5 | HONDA Jazz 1200 (11/2004 -> ) | 93,3 | |
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6 | DACIA Logan MCV 1500 D (3/2008 -> ) | 93,1 | |
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7 | PEUGEOT 207 1400 (4/2006 -> ) | 93,0 | |
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8 | VOLKSWAGEN Golf Plus 1900 D (3/2005 -> ) | 92,9 | |
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9 | MERCEDES Classe A 2000 D (10/2004 -> ) | 92,9 | |
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10 | FORD Fiesta 1400 D (10/2005 -> ) | 92,6 |
Atendendo a que o Toyota Yaris aparece na 1ª e 3ª posições, por ter sofrido alterações em 2003, pode dizer-se que a 1ª posição pertence, ex aequo, ao Toyota Yaris 1000 e ao Honda Accord 2200 D.
Os 10 piores classificados, entre os 144 modelos considerados, são
Posição | Automóvel | Fiabilidade (até 100 pontos) |
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135 | VOLKSWAGEN Sharan 1900 D (6/2000 -> ) | 79,8 | |
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136 | RENAULT Mégane 1900 D (11/2002 -> 2/2006) | 79,6 | |
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137 | ALFA ROMEO 156 1900 D (9/2003 -> 9/2006) | 79,1 | |
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138 | RENAULT Mégane 1600 (11/2002 -> 2/2006) | 78,8 | |
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139 | FIAT Multipla 1900 D (11/1998 -> 10/2004) | 78,3 | |
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140 | RENAULT Grand Scenic 1500 D (4/2004 -> ) | 78,2 | |
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141 | MAZDA 5 2000 D (9/2005 -> ) | 77,7 | |
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142 | FIAT Croma 1900 D (9/2005 -> 12/2007) | 77,2 | |
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143 | RENAULT Espace 2200 D (10/2002 -> 4/2006) | 75,5 | |
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144 | CITROEN C4 Grand Picasso 2000 D (10/2006 -> ) | 72,3 |
Em relação à pergunta se recomendaria o mesmo modelo aos amigos, 90% dos proprietários do Honda Accord afirmaram que sim e o mesmo disseram 89% dos proprietários do Toyota Yaris mais antigo e 67 % do mais recente.
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Os primeiros Jeep
A minha paixão pelos Jeep é muito antiga e há muito que procuro juntar documentação sobre estes precursores dos actuais veículos todo o terreno.
Comecei agora a recuperar um apanhado já antigo sobre a história e os vário modelos de Jeep, até à década de 70 do século passado. Quem estiver interessado pode seguir no Fórum Trilhos 4×4.
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Carros do Estado não têm seguro
Os carros do Estado não estão obrigados por lei a ter seguro como todos os outros; a Agência Nacional de Compras Públicas diz mesmo que 80% dos carros do Estado circulam sem seguro. No caso de acidente com um carro do Estado que não tenha seguro é necessário apurar de quem é a responsabilidade e, caso seja do condutor do carro oficial, é o próprio condutor que tem que arcar com os custos, para além de ser alvo de um processo disciplinar.
Quando há um acidente entre dois veículos particulares, os dois condutores preenchem a declaração amigável e cada um envia para a sua seguradora, sem se preocuparem em determinar a quem cabe a responsabilidade; isso é determinado mais tarde entre as seguradoras. Se um dos intervenientes for um veículo oficial é tudo muito mais complicado e, em muitos casos, o particular tem enorme dificuldade em fazer valer os seu direitos. Pergunta-se mesmo como é que um motorista pode responsabilizar-se por danos que podem envolver indemnizações no valor de dezenas ou mesmo centenas de milhar de euros.
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À volta do Insecto Zangado
Hoje resolvi-me por um comentário caseiro, em vez das questões sociais ou filosóficas que, na maior parte dos casos, dão o mote para o que vou escrevendo por aqui.
O Insecto Zangado é um jipe Suzuki Vitara, que foi assim baptizado por ter as letras IZ na matrícula. No último fim de semana o insecto foi alvo de várias atenções, começando por ir à inspecção; passou com distinção em todos os aspectos mecânicos mas chumbou em duas questões ridículas: o farolim de nevoeiro tem que ser recolocado e tem que levar umas palas nas rodas de trás, ambas as coisas porque os pára-choques não são os originais. Vai-se fazer as duas coisas; não é difícil e tenho um mês para as pôr direitas.
Depois resolvi que era altura de montar umas rodas maiores, que lá tenho, com pneus para andar no monte. Acontece que as rodas roçavam no pára-choques da frente e tive que fazer uma bricolage para chegar o pára-choques 2cm mais para a frente; já estava preparado para isso, mas deu trabalho a desmontar, fabricar uns separadores e montar de novo.
No domingo foi altura de experimentar uma cobertura apenas para os lugares da frente, que se chama bikini top, fabricada em casa com tecido de ganga.
O fim de semana ainda deixou tempo para ir à praia e para ler; não foi todo absorvido pela bricolage.
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O Willys voltou a sair
Desde 1986 que possuo um jeep Willys herdado do meu sogro. Tinha sido comprado por ele 2 ou 3 anos antes de falecer, em bastante mau estado, e ao longo dos anos tem sofrido várias intervenções e tem-me proporcionado momentos de grande prazer. Estava parado já há bastante tempo e hoje voltou a sair para o monte. Deixo aqui duas fotos do pequeno passeio.
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Chuva torrencial
Ontem caíram em Braga mais de 80 mm de chuva, provocando inundações e acidentes. As imagens são do Correio do Minho e as notícias estão aqui e aqui. Notícia também no Público.
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Preços dos combustíveis na Europa
A Comissão Europeia publicou uma tabela dos preços médios dos combustíveis, nos países da UE, referente a 7 de Julho. Verifica-se que a gasolina com índice de octano 95 tinha preços entre 0,88 euros na Roménia e 1,45 euros na Holanda, custando em Portugal 1,20 euros. Para o gasóleo verificavam-se preços entre 0,84 euros na Roménia e em Chipre e 1,16 euros no Reino Unido, custando em Portugal 0,96 euros.
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