Nas próximas eleições vou ter que escolher entre Sócrates e Passos Coelho, decisão que se revela deveras difícil. Habitualmente uso o critério de votar em quem me inspira mais confiança mas se não confio no primeiro desconfio do segundo. Sendo assim, a minha escolha vai ter de basear-se em critérios secundários os quais, neste momento, me parecem favorecer o PSD; estou a pensar no critério da alternância, que evita que um partido se apegue ao poder, e no critério da eficácia, atendendo a quem terá melhores condições para formar um governo estável.
A verdade é que o essencial do programa de governo está feito no acordo com o FEEF, não deixando grande margem para a criatividade governativa, por isso quase apetece dizer que tanto faz… A hipótese de votar noutro partido não me repugna, em princípio, mas não há nenhum lider que me inspire confiança neste momento. Já a hipótese do voto em branco, defendida por muita gente como um voto contra tudo, não me agrada, de todo, porque prefiro ter alguma influência na escolha do que deixá-la inteiramente aos outros.