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Europa no fio da navalha

A União Europeia pode começar a desfazer-se esta semana ou pode sair dela reforçada. Pessoalmente prefiro a segunda hipótese, por causa das imprevisíveis convulsões que se seguirão a uma eventual dissolução, mas é para mim claro que não haverá futuro para esta união se ela não evoluir no sentido do federalismo, abdicando os estados de parte da sua soberania em favor de uma soberania europeia; chegou a altura das decisões cruciais e ou isto vai ou racha!

Tenho poucas dúvidas de que existirá, num futuro mais ou menos próximo, uma espécie de federação europeia, porque os europeus acabarão por perceber que já não conseguem ser competitivos, no mudo actual, se não se constituírem em superpotência. O que já não tenho como certo é que a consciência de pertencer a um todo europeu esteja suficientemente disseminada para que se dêem os passos necessários ao incremento da integração. O problema está também nos lideres políticos que temos, que defendem a ideia de Europa nos discursos mas não são consequentes nos actos.

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53% de energia de fontes renováveis

Já é sabido que mais de metade da energia consumida em Portugal no ano passado foi produzida a partir de fontes renováveis; segundo a notícia do Público foram 53,2%, que se comparam com 36,5% em 2009 e 27,8% em 2008. Para mim isto é uma notícia excelente, mesmo considerando a sobrecarga nos preços que os consumidores têm que suportar. Tanto no aspecto de preservação do ambiente como no da independência face a fornecedores estrangeiros, a produção de energia a partir de fontes renováveis é altamente desejável e constitui uma segurança para a incerteza de tempos futuros.

Olhando para uma publicação recente da European Wind Energy Association fico com a impressão de que Portugal tem um compromisso para 2020 de 31% de energia de fontes renováveis, valor que se encontra largamente ultrapassado. Aparentemente o compromisso global dos países europeus é apenas de 20% de energia proveniente de fontes renováveis, o que parece ser um objectivo bastante modesto.

Editado: Já depois de ter publicado este apontamento foi-me feita a observação de que os 53,2% de energias renováveis no ano passado se referem apenas ao consumo de electricidade, enquanto o compromisso de 31% para 2020 diz respeito a todo o consumo energético, sendo os dois valores compatíveis.

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Federação de Estados Europeus

Há muito tempo que penso que a Europa acabará por evoluir para uma federação de estados, porque essa será a única forma de se manter competitiva num mundo que se vem globalizando e onde hoje há apenas uma super-potência. Por outro lado acho que essa é a tendência natural da evolução, a mesma que Darwin observou para os seres vivos mas que se prolonga na evolução dos grupos sociais; já aqui escrevi sobre isto nos artigos Darwin e os homens e Discutir a Europa. Mário Soares também já se referiu ao assunto mais do que uma vez e voltou a fazê-lo no passado fim de semana.

Uma federação de estados não é forçosamente um sucesso, veja-se o que aconteceu à União Soviética e mesmo as dificuldades da Federação Russa. Nos Estados Unidos e no Canadá a federação foi construída pelos colonizadores, com desrespeito pelas culturas locais o que não poderá verificar-se na Europa. Aqui terá que haver respeito pela multiplicidade de culturas e de línguas e ninguém sabe muito bem como se constrói uma federação com essas características. Cada país é muito cioso da sua soberania e não vai ser nada fácil que os vários povos europeus aceitem ceder uma boa parte dessa soberania a um governo central mas penso que acabarão por fazê-lo, pura e simplesmente porque se tornará inevitável.

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Em que ficamos?

Segundo vários institutos alemães a economia portuguesa vai ter uma contracção de 3,2% este ano e vai registar uma expansão de 0,8% em 2010, o que a coloca a meio da tabela entre os países da Zona Euro com maior crescimento. Já segundo as agências de rating, americanas, Portugal deverá ser das últimas economias na zona euro a crescer; para a Standard & Poors haverá uma contracção de quatro por cento do Produto este ano e de 1,2 por cento em 2010. Nos tempos recentes aprendemos que as previsões dos analistas não valem o papel em que são escritas.

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Portugal acima da média europeia

Estamos habituados a que as comparações com os nossos parceiros europeus nos deixem no fundo da lista, por isso merecem destaque nos domínios em que a situação se inverte, como é o caso das telecomunicações. O director-geral da Sociedade da Informação e Media da Comissão Europeia, Bernd Langeheine, afirmou que “As taxas de penetração dos telemóveis, e mais importante, a utilização da banda larga móvel estão bem acima da média europeia” e também que os preços do mercado grossista – “um factor-chave na competição” – e cuja oferta é disponibilizada no país pela Portugal Telecom, “estão entre os mais baixos da Europa”. Ler mais no Público.

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iPhone explosivos

Só agora soube que os iPhone, de vez em quando, explodem na mão dos utilizadores, de tal forma que a Comissão Europeia vai estudar o assunto e pondera até retirar o aparelho do mercado compulsivamente.

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Portugueses entre os que menos falam segunda língua

Se uma grande parte dos portugueses não sabe falar a sua própria língua, é pouco de admirar que não saibam falar uma segunda língua. No entanto eu tinha uma impressão subjectiva diferente em relação ao que se passa noutros países e fiquei surpreendido com o resultado de uma sondagem feita pelo Eurostat, que revela que, para os adultos entre 25 e os 64 anos, só a Hungria fica atrás de nós, entre os países da União Europeia. Antes de saber estes resultados eu diria que ingleses e irlandeses seriam os menos capazes de se expressar noutra língua que não a deles.

Desde há muitos anos que todos os jovens que passam pelo ensino secundário têm que estudar duas línguas estrangeiras. No meu tempo de estudante do liceu estudava-se Francês durante 5 anos e Inglês durante 3 anos e, habitualmente, ficava-se a falar ambas as línguas. A minha experiência pessoal é que, muitos anos depois, tive que exibir os meus conhecimentos de inglês no Consulado Britânico, para obter autorização para ir fazer doutoramento em Oxford; com não mais do que os conhecimentos do ensino secundário, fiz provas de expressão escrita e oral e obtive A em ambas. Parece que hoje em dia o ensino de línguas é menos eficiente, como parece que é menos eficiente todo o ensino, mas acho algo surpreendente que mais de 50% dos adultos declarem não falar segunda língua.

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Preços dos combustíveis na Europa

petrol-460_996706cA Comissão Europeia publicou uma tabela dos preços médios dos combustíveis, nos países da UE, referente a 7 de Julho. Verifica-se que a gasolina com índice de octano 95 tinha preços entre 0,88 euros na Roménia e 1,45 euros na Holanda, custando em Portugal 1,20 euros. Para o gasóleo verificavam-se preços entre 0,84 euros na Roménia e em Chipre e 1,16 euros no Reino Unido, custando em Portugal 0,96 euros.

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Berlusconi e sinistralidade rodoviária

BerlusconiNão; que se saiba Berlusconi não tem contribído para aumentar ou reduzir a sinistralidade rodoviária; acontece, porém, que há hoje duas notícias que me despertaram particular atenção.

Relativamente a Berlusconi, parece que, inesperadamente, são as meninas coristas de que se faz rodear que põem em risco a sua permanência no poder e que já acontece ser mesmo apupado em público, o que o deixa particularmente mal disposto.

Quanto à sinistralidade rodoviária, é de salientar a redução de 47% do número de mortos nas estradas portuguesas, nos sete anos desde 2001. As estradas nacionais continuam a ser perigosasa mas o aumento da segurança nos últimos anos é inquestionável.

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Distinção europeia para universidades portuguesas

Universidade do MinhoA possibilidade de tirar parte de um curso superior numa universidade estrangeira existe há muitos anos, mas está hoje facilitada por dois mecanismos já adoptados por muitas universidades.

O Sistema Europeu de Transferência de Créditos (ECTS) mede, de forma unificada, as disciplinas e cursos completados pelo aluno, permitindo à universidade de acolhimento saber, com relativo rigor, qual a bagagem de conhecimentos que o aluno traz consigo. O Suplemento ao Diploma (DS) completa a classificação do aluno, juntando à nota uma descrição do seu percurso académico; para além da nota de formatura, o aluno recebe uma descrição pormenorizada, que permite perceber aquilo que estudou e onde.

A Comissão Europeia resolveu distinguir quatro instituições de ensino superior portuguesas por implementação destes sistemas de mobilidade; são elas as universidades de Aveiro, do Minho e Técnica de Lisboa e ainda o Instituto Politécnico de Tomar.

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