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Rio Katherine

Rio KatherineCerca de 300 Km a Sul de Darwin, sempre seguindo a Stewart Highway, fica a cidade de Katherine, que se resume a pouco mais do que duas ou três ruas. O interesse de Katherine, para o turista, é que fica próximo das gargantas do rio Katherine. Rio KatherineEstas gargantas têm paredes verticais com mais de 200 m e formam curvas em ângulo recto, devido à forma peculiar de erosão dos arenitos desta zona. As águas têm crocodilos e nas rochas há pinturas aborígenes. Há mais fotografias de Katherine aqui.

Guardo para o fim uma palavra sobre Darwin que não deslumbra; é verdade que a cidade foi destruída por duas vezes, na segunda guerra e por um ciclone, por isso é essencialmente moderna. Merecem visita o museu dos Northern Territories e o jardim botânico. Há fotografias de Darwin aqui.

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Litchfield National Park

LitchfieldA única estrada que sai de Darwin é a Stewart Highway, que atravessa a Austrália de Norte a Sul. Logo a sul de Darwin, para Oeste fica o parque Kakadu e para Leste o parque Litchfield. 160820091350O clima é idêntico nos dois parques e a vegetação e vida animal não diferem grandemente; o que dá interesse a Litchfield, depois de visitar Kakadu, são as quedas de água, os vales profundos e húmidos, com densa vegetação tropical, e as edificações das térmitas.

Há muitas espécies de térmitas mas as edificações mais singulares são as designadas por “catedral”, por vezes com mais de 6 metros de altura, e as magnéticas, que parecem lápides tumulares todas com orientação Norte Sul.

Témitas magnéticas Ainda uma outra espécie forma os seus montículos na base dos eucaliptos que esvazia por dentro sem os matar. Estes troncos ocos são usados pelos aborígenes para fabricar o Didgeridoo, instrumento musical muito antigo e ainda em uso.

Há mais fotografias aqui.

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Kakadu National Park

P8141881O Kakadu National Park fica a leste de Darwin, na região a que os australianos chamam Top End. É uma zona de clima tropical, com uma estação seca e mais fresca, mais ou menos coincidente com o nosso verão, e uma estação húmida e quente, por altura do nosso inverno. Durante a estação húmida o parque fica virtualmente alagado, limitando muito a possibilidade de visitas.

O parque é território aborígene e os turistas apenas estão autorizados a circular por determinadas estradas, estando o acesso à área restante dependente do convite e acompanhamento de nativos. A primeira coisa que surpreende, mesmo antes de se entrar no parque, é a vegetação, que não é luxuriante como eu esperava. Durante a estação húmida dá-se o crescimento de uma erva, spear grass, que pode atingir 3 metros de altura e cobre todo o solo. Esta erva forma umas pontas de seta, com 2 ou 3 mm, que se espetam na pele dos animais e lhes causam grande sofrimento e mesmo a morte. Desde há milhares de anos que os aborígenes criaram o hábito de lançar fogo à erva, à medida que os terrenos começam a secar. Estes fogos apagam-se por si e são limitados, porque as zonas ainda húmidas não ardem. As árvores existentes nesta região, em grande parte uma das muitas variedades de eucaliptos, adquiriram resistência ao fogo, que passou a fazer parte da ecologia.

P8141936O parque permite ver, para além da variedade da vegetação, uma grande quantidade de vida selvagem, nomeadamente aves, wallabies e crocodilos, e tem uma impressionante quantidade de pinturas rupestres, que cobrem um período extenso, desde há dezenas de milhar de anos até à actualidade. Para quem sabe interpretar as pinturas, elas contêm indicações para a vida e subsistência dos povos locais. Em conjunto com as canções, transmitidas entre gerações, estas pinturas dão aos aborígenes todas as indicações de que necessitam para a sua subsistência.

Fiquei muito impressionado por existirem ali vários milhares de locais ricos de pinturasp1020577 rupestres, a grande maioria ainda não identificada, dos quais quase nada se sabe na Europa, quando aqui nos empolgamos com qualquer local onde apareça a representação de um animal.

Há mais fotografias aqui.

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Alguns dias em Sydney

Sydney harbourO blog tem estado parado, porque não dá muito jeito escrever durante as férias mas também porque poucos têm pachorra para ler blogs quando andam pelas praias. Ao recomeçar a escrever, a minha primeira atenção tem que ir para a viagem à Austrália; isso vai dar para três ou quatro dias e só vou dar impressões muito gerais, porque o que haveria para descrever daria para várias páginas.

SydneySydney atrai imediatamente o visitante, muito por causa da enorme baía, cheia de recortes, em torno da qual se desenvolve a cidade. Quer dizer que o mar azul nos aparece a cada passo, por entre as árvores ou ao fundo de uma rua. O porto de Sydney tem dois ícones proeminentes, a ópera e a ponte, que nos aparecem frequentemente sobrepostos em perspectivas variadas e sempre atraentes.

Botanical gardensOutro aspecto marcante da cidade são os parques, nomeadamente os Botanical Gardens, bem dentro da cidade e o enorme Royal National Park, um pouco ao sul. A Austrália tem a maior diversidade de espécies vegetais e animais do mundo, muitas das quais não existem em qualquer outro lugar, e os parques são sempre um deslumbramento, em qualquer parte do país.

Amanhã espero escrever sobre outros lugares. Sei que havia muitíssimo mais a dizer sobre esta cidade mas deixo apenas uma menção para a simpatia dos australianos em geral; fora das ruas muito movimentadas é normal que duas pessoas se cumprimentem ao cruzar-se, como acontece ainda um pouco nas nossas aldeias.

Tenho muitas fotos aqui.

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