Estará o Mundo a aquecer? Nos meios de comunicação social aparecem referências frequentes ao “aquecimento global” que os “cientistas” têm medido e comprovado. Fenómenos atmosféricos perfeitamente aleatórios são frequentemente usados como prova do propalado aquecimento global e mesmo quando o caso é de um episódio de temperaturas anormalmente baixas há sempre quem consiga dar a volta para explicar tal episódio como mais uma manifestação do aquecimento global.
Sempre fui muito céptico em relação às provas de que o Mundo está realmente a aquecer; julgo, por um lado, que não existem dados fiáveis relativos a um número suficiente de anos e penso, por outro lado, que as causas naturais de variação da temperatura são imensamente mais poderosas do que as humanas pelo que, mesmo que seja real um aquecimento em tempos recentes, é altamente provável que ele seja devido, sobretudo, a variações na actividade solar, vulcões, etc.
Acontece que o cepticismo relativamente a esta matéria é politicamente incorrecto e que há muita gente a construir as suas carreiras profissionais com base neste facto. Estas pessoas têm tudo a perder se a preocupação com o aquecimento global arrefecer e é legítimo que se questione a sua seriedade. Não será de admirar que alguns torçam os dados no sentido das conclusões que pretendem obter ou que ignorem alguns dados que podem pô-las em causa.
As minhas dúvidas não são sem fundamento. Há provas concretas de falta de cuidado na validação de dados e da sua manipulação abusiva, sempre no sentido de aumentar o aquecimento medido. Num trabalho de mais de 200 páginas intitulado SURFACE TEMPERATURE RECORDS: POLICY-DRIVEN DECEPTION? Joseph D’Aleo e Anthony Watts mostram, com elementos concretos, que há razão para duvidar das conclusões de entidades como a Climatic Research Unit da Universidade de East Anglia ou o National Climatic Data Center.
Eu continuo céptico mas penso que todos os cuidados que tenhamos com o ambiente são bem-vindos, por isso até vou tolerando o politicamente correcto aquecimento global.