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O tempo em Novembro

Fonte: Instituto de Meteorologia

O mês de Novembro foi particularmente frio, com quedas de neve anormais. Esta percepção subjectiva é agora confirmada no relatório mensal do Instituto de Meteorologia, disponível no site respectivo. Relativamente à temperatura pode ler-se “…o valor médio mensal da temperatura média do ar neste mês foi inferior ao valor normal 1971-2000, em -1.1ºC. Os valores médios da temperatura máxima e mínima do ar também foram inferiores ao valor normal, em -1.4ºC e -0.9ºC, respectivamente.” Já sobre a precipitação diz-se “…o valor médio mensal da quantidade de precipitação foi muito próximo do valor normal 1971- 2000, com uma anomalia de -5.2 mm.”

É interessante verificar com se tem comportado a temperatura dos meses de Novembro dos últimos anos relativamente à média; aqui fica o gráfico retirado do relatório.

Fonte: Instituto de Meteorologia

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O Mundo está a aquecer?

Estará o Mundo a aquecer? Nos meios de comunicação social aparecem referências frequentes ao “aquecimento global” que os “cientistas” têm medido e comprovado. Fenómenos atmosféricos perfeitamente aleatórios são frequentemente usados como prova do propalado aquecimento global e mesmo quando o caso é de um episódio de temperaturas anormalmente baixas há sempre quem consiga dar a volta para explicar tal episódio como mais uma manifestação do aquecimento global.

Sempre fui muito céptico em relação às provas de que o Mundo está realmente a aquecer; julgo, por um lado, que não existem dados fiáveis relativos a um número suficiente de anos e penso, por outro lado, que as causas naturais de variação da temperatura são imensamente mais poderosas do que as humanas pelo que, mesmo que seja real um aquecimento em tempos recentes, é altamente provável que ele seja devido, sobretudo, a variações na actividade solar, vulcões, etc.

Acontece que o cepticismo relativamente a esta matéria é politicamente incorrecto e que há muita gente a construir as suas carreiras profissionais com base neste facto. Estas pessoas têm tudo a perder se a preocupação com o aquecimento global arrefecer e é legítimo que se questione a sua seriedade. Não será de admirar que alguns torçam os dados no sentido das conclusões que pretendem obter ou que ignorem alguns dados que podem pô-las em causa.

As minhas dúvidas não são sem fundamento. Há provas concretas de falta de cuidado na validação de dados e da sua manipulação abusiva, sempre no sentido de aumentar o aquecimento medido. Num trabalho de mais de 200 páginas intitulado SURFACE TEMPERATURE RECORDS: POLICY-DRIVEN DECEPTION? Joseph D’Aleo e Anthony Watts mostram, com elementos concretos, que há razão para duvidar das conclusões de entidades como a Climatic Research Unit da Universidade de East Anglia ou o National Climatic Data Center.

Eu continuo céptico mas penso que todos os cuidados que tenhamos com o ambiente são bem-vindos, por isso até vou tolerando o politicamente correcto aquecimento global.

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Está a chover mais na Terra

Um estudo publicado nos Proceedings of the Royal Academy of Sciences, baseado em observações de satélite feitas entre 1994 e 2006, a quantidade de água doce que chega aos oceanos aumentou quase 20% naquele período. Como a água doce provém da precipitação atmosférica, a conclusão é que tem chovido cada vez mais nos últimos anos. A explicação, naturalmente, é que se evapora mais água dos oceanos, em virtude do aquecimento geral da atmosfera, e que essa água evaporada se precipita em maior quantidade. À primeira vista até pode parecer que um aumento da quantidade de água potável é um benefício para as populações, mas diz-nos o investigador Jay Famiglietti que esse aumento de precipitação se dá nas regiões de mais elevadas latitudes, enquanto as zonas tropicais estão a ficar mais áridas.

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Andam poeiras no ar

Fonte: Skiron Dust Forecast

O ar anda cheio de poeiras vindas do Norte de África, e é por isso que os carros ficam todos sujos quando caiem umas gotas de chuva. Trata-se de um fenómeno natural, que acontece com frequência e que se vem verificando há alguns dias

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O presente que não tivemos

Neste Natal assistimos à habitual euforia de compras e oferecemo-nos mutuamente presentes que não apreciamos. Apesar da crise, eu e muita outra gente recebemos e oferecemos presentes que os destinatários agradeceram e colocaram escondidos em algum armário, sem saber que destino lhes dar. Há anos que procuro lutar contra esta prática, sem qualquer sucesso; as condicionantes familiares e sociais têm sido demasiado fortes.

E há, no entanto, um presente que cheguei a esperar e que não veio. Desejava que a conferência do clima tivesse sido um sucesso e tivéssemos podido celebrar este Natal com a satisfação de nos termos dado um presente verdadeiramente útil. Apesar de estar convencido de que se está a fazer um uso político abusivo do aquecimento global, julgo que todos os cuidados que tivermos com o nosso planeta serão benéficos para as próximas gerações e vejo com tristeza a incapacidade de nos entendermos sobre isso.

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Um serviço à conferência de Copenhaga

Ao divulgar um documento de trabalho, elaborado não se sabe por quem, o Guardian procurou um furo jornalístico, que lhe proporcionou uma aumento nas vendas. O texto em causa, apresentado como um rascunho do acordo final, da responsabilidade do país organizador, estabelece menos obrigações para os países ricos do que para os países em vias de desenvolvimento.

Paradoxalmente julgo que o Guardian poderá ter prestado um serviço à conferência, porque o documento é de autor apócrifo e as reacções de repúdio mostram bem o que o acordo final não poderá ser. Para já continuo com alguma esperança.

Editado: ver também no Público.

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