Há dias dei comigo a pensar qual seria o livro que mais me marcou, de todos quanto li; isto resultou, aliás de ter visto num blog que um professor propôs este exercício aos seu alunos. Se há livro que me vem frequentemente à memória, quase diariamente na verdade, é Os Dragões do Eden, versão portuguesa de The Dragons of Eden, de Carl Sagan, que recebeu o prémio Pulitzer em 1977.
O livro trata da evolução do homem, sobretudo no que respeita à inteligência. Primeiro que tudo é necessário caracterizar bem o conceito de inteligência, como elemento diferenciador da espécie humana face às demais. Carl Sagan explica porque razão a espécie humana se diferenciou pela capacidade de passar informação entre gerações fora do código genético e da aprendizagem durante a adolescência. Por estranho, mesmo chocante, que possa parecer, o elemento que singularizou a espécie humana foi a capacidade de deixar alguns rabiscos com significado nas pedras de uma caverna.
No aspecto de caracterização do conceito de inteligência comungo inteiramente destas ideias e não admito, nem por um momento, que a inteligência tenha sido instilada por Deus, que a certa altura resolveu intervir no processo evolutivo.
Blog BDA 