Segundo o FMI, as medidas que os governos estão a tomar para estimular as economias poderão ou não ser suficientes, mas colocam o risco de um endividamento de tal ordem que alguns países ricos poderão entrar em falência; a notícia está no Jornal de Negócios.
Se há uma lição que já se pode tirar da crise é a da profunda incompetência dos analistas, que são ainda capazes de saltar por cima dessa mesma incompetência, fazendo previsões como se o seu currículo lhes servisse de aval. Naturalmente que existe a possibilidade de alguma das grandes economias abrir falência, como existe a possibilidade de uma pequena economia aparecer pujante ao emergir da crise. Havendo previsões para todos os cenários possíveis, alguma terá forçosamente de acertar.
Como prevenção para uma situação prolongada de dificuldades há apostas que me parecem seguras, nomeadamente a aposta na produção de bens alimentares e nas energias renováveis. Num cenário de colapso total da economia quem tiver um pedaço de terra para cultivar e para colocar um ou dois geradores eólicos é rico. Se isso vier a acontecer, podemos ver o êxodo de populações da cidade para os campos, invertendo a tendência actual; veja-se o que está já a suceder em Vagos com a apanha do morango.